O pensamento pluralista Darwiniano foi, ao longo da segunda metade do século XIX e início do século XX, se consolidando na Teoria Sintética da Evolução, com forte ênfase em processos populacionais. Entretanto, o foco em padrões e processos em grandes escalas, presente no momento inicial, só foi retomado a partir do início de 1970. A idéia da palestra é apresentar o desenvolvimento do pensamento Darwiniano e mostrar como a análise de dados macroecologicos e macroevolutivos se insere atualmente nesse pensamento, particularmente em termos do desenvolvimento de uma teoria hierárquica da seleção natural e do balanço entre processos determinísticos e estocásticos na Ecologia e na Evolução.

BIO: José Alexandre Felizola Diniz Filho é Bacharel em Ciências Biológicas (1989), Mestre (1992) e Doutor (1994) em Zoologia pela Universidade Estadual Paulista UNESP). Desde 1994, é Professor Titular (catedrático) do Departamento de Biologia Geral da Universidade Federal de Goiás, e desde 1995 é pesquisador do CNPq (atualmente nível 1A, nível máximo). Em 2004, foi eleito membro da Linnean Society of London. Sua principal área de pesquisa é macroecologia e ecologia geográfica, com ênfase na aplicação de métodos estatísticos aplicados à ecologia, biologia evolutiva e da conservação. Já publicou mais de 150 artigos em periódicos científicos internacionais e brasileiros. Desde 2006, é um dos editores do periódico Global Ecology & Biogeography (Wiley/Blackwell Inc, JCR Fator de Impacto 2007 = 4.4). Já orientou mais de 20 alunos de Mestrado e Doutorado e é atualmente vice-coordenador da área de Ecologia & Meio Ambiente da CAPES, órgão do Ministério da Educação que gerencia os programas de Pós-Graduação no Brasil. Projetos atuais incluem o estabelecimento de novas metodologias para análises de processos históricos e ecológicos envolvidos nos gradientes de diversidade e o desenvolvimento de um programa integrado para análise de efeitos de mudanças climáticas na América Latina (BioIMPACTO), coordenado pelo Dr. Miguel B. Araújo e financiado pela Fundação BBVA. Além disso, é um dos criadores do SAM (Spatial Analysis in Macroecology), um software integrado para análise espacial em
macroecologia e biogeografia.